sábado, 13 de agosto de 2011

Dor exaustiva

Agi de modo no qual meu caráter confiara desde o principio ser o mais justo e o qual resultaria no melhor para mim. Eu busco o melhor e tento acertar, e sei que posso alcançar.
Logo em seguida, ajustou o cabelo bagunçado, deu uma rápida arrumadinha na blusa que havia amassado, colocou um sorriso no rosto, desviando as perguntas do porque aquela expressão de quem estava mal, e pronto, estava pronto para enfrentar as suas imperfeições, e aquele dia frio e de chuva intensa.
Saio pelas ruas, em busca de crescimento interior, pensando na sua vida medíocre.
Por trás daquelas gotas fortes da chuva, estavam escondidas as lágrimas que acumulavam cada parte do seu coração e que insistiam em encontrar seus pés.
Sou avulso diante ao mundo. Sou um menino que nasceu e hoje chora tentando traduzir os seus falsos sorrisos e expressões que herdou de sua história. Tudo o que tenho, é minha maldade, e meus simples arranjos, que costumo chamar de colegas. Se hoje choro, é por essa noite escura e fraca que agora reina sobre meu pilhar de palhaçadas que carrego em meus ombros.
Imperfeito sim. Sei que sou, e não nego.
Eu queria um lugar de abrigo, uma consciência leve, uma língua angelical, um abraço, um sorriso, uma solitária noite enquanto todos dormissem acordados.
Enquanto sua blusa se encharcava de desabafos, o garoto andava perante os raios e trovões, se abraçando para esquentar seu corpo. Mais a frente, ele encontra uma praça antiga, com árvores sem folhas, e com um banco sem reboque. Sentou-se, engolindo a seco a inconfiança que nele existia. Tirou um cigarro e um isqueiro do bolso, e o acendeu para matar a sede de felicidade que lhe matava afogado. Entregou todos os sonhos organizados a uma culpa imortal, sem dó nem piedade.
Me libertei hoje de meus conflitos e dos meus problemas, das metralhadas na hora do almoço, me livrei do: Hoje você só sai de casa, por cima do meu cadáver.
E realmente, por cima dos cadáveres foi que passei. Bati em meus pais, e sai de casa. Me embriaguei, e fumei todo tipo de droga. Deixei a vida de lado, e a essência da minha conduta.
Meus pais me perturbavam e não se contia, que eu cresci, e que não sou mais aquele menino que quer tudo o que vê, e fala tudo o que ouve. E na verdade, ele não era mesmo. Por mais que me agradassem com beijos e histórinhas na hora de dormir, me davam tapas na cara com palavras ofensivas, é difícil apaga-las, são palavras cravadas em meu ego. Se estou nesta praça agora, exposto ao mundo, é porque busco fugir das loucuras de meus pais. Eles devem estar na minha ex-casa nesse momento, arrumando os móveis e enfeites quebrados enquanto me espancavam, por eu ter errado, e abusado da liberdade.
Por eu me amar, busquei o prazer e entreguei tudo o que havia em mim, para o álcool e as drogas. E hoje paguei por isso, paguei enquanto minha mãe e meu pai me desprezavam com palavras. Palavras que o machucavam inconformadamente.
Reconheço que abusei da boa vontade deles, mas isso não os da o direito de prender minha vida, ao controle autoritário que queriam ter sobre mim.
Pode até não parecer, mas este mal que há em mim, machuca meu coração.
Essa praça agora, açucarou meu doce e me faz esquecer, o que necessito lembrar.
Sei que preciso dos meus pais, só não sei se precisam de mim. Afinal se precisassem, me dariam o sorriso claro, e o abraço apertado que busquei no mundo.
Mas já que estou aqui nesta chuva, agora, vou me preocupar comigo, em me fazer feliz,
vou desprezar tudo o que me faz mal, e exaltarei tudo o que me faz crescer. E também, já que estou aqui nesta loucura, vou virar um louco, pra poder matar as pessoas com o amor, e esconder minhas fraquezas em uma roupa branca, onde a sujeira só chega, se ele se lançar em uma lama, ou em um lago sujo, com águas claras.
Alisson Campos -  @alison_campos

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