quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Muito tempo que eu não venho aqui, mas ok, antes tarde do que nunca! :]
E adivinhem de quem vai ser o texto? CAIO FERNANDO ABREU! O meu divo eterno, hehehe *-*. Vamos lá, espero que gostem.

Me desculpe, mas eu não acredito no amor. Eu até queria acreditar, mas a vida vem me obrigando a fazer o contrário. Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de “decepção” ou “tapa na cara”. Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando. E tem sido assim. Não acredito no amor, não acredito nas pessoas, não acredito em mim. As pessoas não gostam de você pelo o que você é, elas gostam pelo o que você pode oferecer a elas. Costumam chamar de “desilusão” quando descobrem que o que queriam, você não pode dar e te descartam como objetos. Então, pergunto a mim mesma: o que move o mundo, o desejo de parecer ou o desejo de ter? Indago-me algumas vezes, percebo que sou incapaz de compreender. Ao menos sei que o que move o meu mundo é o desejo de ser, ser alguém que ama e acredita, confiante, que é amado. Mas, por enquanto, continua sendo apenas um desejo.

Caio F. Abreu.
Muito tempo que eu não venho aqui, mas ok, antes tarde do que nunca! :]
E adivinhem de quem vai ser o texto? CAIO FERNANDO ABREU! O meu divo eterno, hehehe *-*. Vamos lá, espero que gostem.

Me desculpe, mas eu não acredito no amor. Eu até queria acreditar, mas a vida vem me obrigando a fazer o contrário. Quando eu acreditei que seria sincero, acabei me deparando com o que costumo chamar de “decepção” ou “tapa na cara”. Sabe aquela escorregada que você precisa dar pra aprender a levantar? Então, é disso que estou falando. E tem sido assim. Não acredito no amor, não acredito nas pessoas, não acredito em mim. As pessoas não gostam de você pelo o que você é, elas gostam pelo o que você pode oferecer a elas. Costumam chamar de “desilusão” quando descobrem que o que queriam, você não pode dar e te descartam como objetos. Então, pergunto a mim mesma: o que move o mundo, o desejo de parecer ou o desejo de ter? Indago-me algumas vezes, percebo que sou incapaz de compreender. Ao menos sei que o que move o meu mundo é o desejo de ser, ser alguém que ama e acredita, confiante, que é amado. Mas, por enquanto, continua sendo apenas um desejo.

Caio F. Abreu.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Infiéis.

Como um charuto apagado pelas ondas do vento, sinto-me fosco. Desde quando cortaram meus sonhos pela raiz, o amargo doce de meus lábios se acostumaram a proclamar palavras baixas, com significados um tanto maléficos.
As pessoas destroem seus sonhos, para começarem a acreditar nos delas. Acostume-se.
E quanto aos meus sonhos, posso apenas dizer que os perdi, para pessoas que ser quer me conhecem bem. É sempre assim: Você as conhece, conta-lhe coisas sobre sua vida, confia ... e depois, é rapidamente traído. É uma velha rotina: Você nasce e começa a ter coleguinhas na escola. Depois, começa a conhecer várias pessoas na adolescência e deposita nelas suas dores e alegrias, confia como se fosse a última do mundo, da apoio nas horas difíceis, sai pra baladas e barzinhos e na primeira oportunidade, matam-nos com um veneno curto, mas eficiente.
Nos encantados sorrisos das pessoas, elas escondem os mais diversos pecados carnais. Pessoas traem e não se importam com o sentimento de outras.
Um conselho: Se puder acreditar em demônios, acredite. Eles os leva para o inferno com uma rosa e depois faz você queimar e virar cinzas. As pessoas,  oferecem-lhe borboletas para então cortarem suas asas e deixa-las sofrendo, tentando voar. Mas a grande diferença, é que as pessoas dizem amar e demônios, não.

Alisson Campos.   (@alisoncammpos)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Ao moço bonito.

Moço, é normal se sentir perdida e não ter vontade de nada? Com que frequência isso acontece? Vem cá… Isso tem cura, né? Olha, moço, me disseram uma vez que não é bom guardar as coisas por muito tempo, por isso preciso lhe dizer que estou inquieta. Estou com o coração inquieto, na verdade.
Sabe, é complicado descrever a sensação, mas posso afirmar que ela não me deixa confortável.
Ando ansiando muito pelas coisas, mas pouca vontade tenho de ir buscá-las. Isso é triste, moço, porque me ensinaram desde cedo que precisamos correr atrás do que nos faz bem.

Deve ser por isso que nascemos com pernas para correr e não com asas para voar. Estamos mesmo fadados a permanecer com os pés nos chão, não é mesmo? É, eu sempre soube.

Moço, também ando um pouco triste, desanimada e desorientada. Algum tempo atrás eu achava que tudo poderia ser superado com um sorriso e com otimismo. Não era fácil, mas eu estava decidida a continuar assim.

Ah, moço, a vida é tão injusta. Parece que o seu objetivo é nos derrubar para ver quem consegue se levantar. Quem se levantar ganha 10 pontos e assim segue o jogo. Ainda não encontrei nenhum vencedor, o que me deixa ainda mais preocupada.

Muita coisa anda acontecendo e eu não consigo acompanhar com tanta facilidade. Desisti de muitas coisas e agora estou presa à outras que me deixam assim, inquieta e preocupada. Será que meu caso é sério, moço?

É normal se sentir tão ruim assim? É normal se sentir privada de correr atrás daquilo que nos faz bem ou daquilo que irá nos curar? Tô precisando de uma resposta, moço, mas ninguém parece saber.

A boa noticia é que eu ainda tenho fé. E ela continua forte. Assim como cada ideia bonita que acaba me roubando um sorriso. Todo mundo parece ter uma opinião e nem sempre são positivas. Nem sempre conseguem me confortar, por isso ando esperando alguma coisa da vida, mas ela insiste em querer fazer surpresa.

Tenho uma mania desgraçada de deixar as coisas como são, quando é preciso fazer de tudo para mudar. Ah, moço, eu apenas estou cansada. Estou cansada de esperar, cansada de querer, cansada de entender.

Acho que estou meio doente emocionalmente. Espero que não seja contagioso ou fatal.

O que eu mais quero mesmo é viver uma coisa de cada vez, sem essa pressa que todo mundo cria em cima de mim. Eu não sei como é que tanto eu transborda. Não é possível que caiba tanto eu aqui fora.

De todas as coisas, só quero saber umazinha, moço. Quando foi que nos tornamos tão desinteressados? Todo mundo se perde, eu sei, mas isso já virou rotina. Minha rotina.

A verdade, moço, é que não sabemos, não entendemos, não descobriremos nunca a razão de irmos do céu para o inferno em questão de segundos.

Para simplificar. Quero palavras para acalmar.

- Yasmin Back.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Apenas um sonho

Bom, é uma história que eu acabei de fazer, é um improviso, fiz porque não tinha nada para fazer KKK, deve ter MUITOS erros na escrita tenho certeza, mas... Vamos lá :)


Apenas um sonho
Era uma vez uma menina muito linda, chamada Antonia ,dos cabelos castanhos, tinha os olhos mais brilhantes de todos! Tinha um corpo de dar inveja, todos os garotos os dejavam, mas ela só queria uma UNICA pessoa, ele se chamava Andy, um garoto alto, moreno dos olhos verdes, todas as garotas gostavam dele, mas ele não queria nada com nada, só queria saber de estudar, os garotos chamavam ele de gay pois dava fora em todas as garotas.
Num belo dia a professora forma duplas para fazer um trabalho em casa, e ela escolhe Andy e Antonia, ela ficou muito feliz. 
Ela tinha arrumado a casa toda para poder receber seu amado, tinha colocado a melhor roupa, tinha passado seu melhor perfume. Quando de repente, toca a campainha. Ela respira fundo e vai! Quando ela vê, estava lá o garoto mais lindo, com um sorriso fechado, eles entraram, começaram a fazer o trabalho. Tinham acabado muito cedo então Antonia propõe assistir um filme que tinha baixado, chamado "A jovem rainha Vitoria", os dois assistiam atentamente, quando passou a cena do tiro, Antonia não se conteve, uma lagrima caiu, Andy a olhou, passou seu dedo sobre a lágrima que havia escorrido, Antonia deu risada da situação, Andy também, então ela disse "Olha como sou boba, chorando por causa de um filme" ela ri, então ele olha profundamente nos olhos dela e diz "Não é boba, Vitoria e Albert tem uma linda história, ele se atiro na frente de sua amada e disse que sempre irá ama-la até seu ultimo suspiro, e nada desse mundo iria separa-los", ele se aproximou de Antonia e deu um beijo em sua bochecha, ela ficou vermelha, continuaram assistir o filme, Andy pegou em sua mão e a beijou, ela deitou em seu peito e ficaram assim até o filme acabar. 
Antonia tinha desejado esse momento desde que viu Andy pela primeira vez, toda vez que o via ficava relembrando do que eles tinham passado em sua casa, seu mundo parava, toda vez que ele chegava para poder falar com ela, ficava sem o que dizer, até gaguejava, o que Andy achava muito fofo.
Algumas garotas ficavam com raiva que Andy ficava falando com Antonia, pois não aceitavam que ele ficasse com ela e não com as outras, sempre dando fora nas garotas, as populares ficavam se perguntando "O que ele viu nela? É só mais uma morena! Do uma semana para eles acabarem", porem a Andreia, a popular estava certa. Andy iria viajar para o exterior. Antonia ficou com um buraco em seu coração, chorava todas as noites, queria Andy junto a ela, eles conversavam por webcam, mas isso não era a mesma coisa do que o calor do abraço dele, o cheiro dele, seus labios. 
Antonia tinha se acabado, estava com seu cabelo sem brilho, estava palida, olheiras profundas! Seu unico remedio se chamava Andy, algumas colegas a dizia para esquece-lo pois ele poderia estar traindo-a, Antonia nem ligava. As colegas de Antonia estava erradas, ele sofria muito longe de Antonia, sentia o mesmo que ela, queria ela perto, mas, só voltava daqui um ano.
Um dia Antonia resolveu ir a uma praça que tinha uma lagoa, ficou lá observando tudo, as rosas, as flores que iriam crescendo, mas seu coração continuava o mesmo. Sentiu o cheiro de Andy, "Eu devo estar louca", ela pensou, ela fecha seus olhos por um minuto, e os abre, ela olhou para o lado e Andy estava lá
-Eu voltei para você! 
Ela piscou várias vezes, e acordou em sua cama, tudo isso era um sonho! Na verdade Andy era o cara mais bagunceiro de todos os garotos, Andy usou Antonia varias vezes, mas o coração dela pertencia a Andy. Andy tinha dado muitos foras em Antonia, ela nunca desistiu dele, mas o que ela não sabia, o colega de Andy, Daniel, era louco por ela, odiava vê-la sofrer pelo cara mais idiota. 


FIM! 

Muitos vão me matar pelo final >.<

sábado, 1 de outubro de 2011

Entristecidamente só.

Ele conseguiu com que eu acreditasse em suas palavras. Me contaminou com seu olhar e eu passei a entregar minha doce sede de viver em suas mãos. Seus olhares, de encontro aos meus, atordoavam minha mente e era encantador o poder que ele conseguia ter sobre mim. Um punhado de amor eu deixei escapar. Entreguei-me como os raios de sol se entregam a todo universo; sem limite. Fui apaixonada. Não tinha tempo nem hora pra estar junto dele. Minhas orações dedicavam-se totalmente a "mantenha-o perto de mim até que tivermos forças para respirar". Minha calma era controlada pelo prazer da sua presença. Não, eu não precisava de mais ninguém. Ele era meu refúgio da dor, meu súbto desejo realizado. Parei de sonhar e comecei a existir ao seu lado.

Soltei o mundo e segurei-o pela mão. Confiei meus suspiros à ele. Escondi meus segredos na confiança que ele exalava. Deixei de ser quem era e passei a ser quem ele queria que eu fosse. Fazia tudo por um sorriso dele. Um "Eu te amo". Apaixonei-me completamente. Até que um dia, acordei tilintando o olhar para o outro lado da cama, como sempre fiz e não encontrei ninguém. Assim, sem porquê, ele foi embora. Isso mesmo. Nenhum bilhete, nenhuma satisfação. Nada. Fiquei só, visimente destruída e abandonada. Um vago vazio tomou conta do meu interior. Meu coração voltou a bater lento como antes. E assim, iludida, eu fui deixada para trás. Trocada por uma tal felicidade. Tudo o que eu havia vivido até aquele momento não tinha sido de verdade. Foi como um amor comprado, falso. Um turbilhão de solidão caiu sobre mim.

Logo ele, que desde o início prometeu nunca me abandonar. Sempre dizia que ia dedicar os seus dias em busca da felicidade. Acho que foi isso. Talvez ele estivesse sobrecarregado demais pela "obrigação" de me levar junto de si. Fez por mim tudo o que pode, acredito eu. Seguiu o exemplo de Caio Fernando Abreu. Foi ser feliz, mas neste caso, não voltou.

- Karla Reis. (@karlarreis)

sexta-feira, 30 de setembro de 2011




Ei você, pare de reclamar da sua vida e agradeça por conseguir superar cada dia que passa. (rique)

Porque?

            Era tarde de sábado, nós dois descemos a praia como de costume todos os fins de semana. Ficamos lá até madrugada, a gente correu uma atrás do outro pisando na beira do mar e sentindo aquela aguinha gelada batendo em nossos pés. Você lembra desse dia? A gente riu tanto, faltou-me ar, era tanta felicidade.   

            Eu estava com você, isso bastava, isso era o que importava! Ficamos até madrugada caminhando juntos, jantamos em um restaurante bem próximo a praia. Deitamos na areia, observamos a lua, ah... Como ela estava encantadora. Ficamos olhando as estrelas, uma mais brilhante que a outra. Você lembra que zoou-me por ter apontado uma? “Vai nascer uma verruga no seu nariz, você vai ver. Não pode apontar, sua boba!” Essas foram as suas palavras, e olha, admito que me deixou um pouco com medo.

            Por volta de umas duas da manhã fomos para meu apartamento, lembra? A gente tomou um banho juntos, você fez cocegas em mim até me deixar sem ar. Eu bati em você, fiz manha como uma garotinha mimada. A gente se abraçou, e enfim nos beijamos. Por mais que eu te beijasse sempre, aquilo nunca me cansava, te sentir nunca era demais para mim!  

            Lentamente deitamos na cama, você foi carinhoso como todos os dias que estávamos juntos. Fez eu me sentir amada, fez eu me sentir desejada. Você disse que eu era sua, com todas as letras, eu me lembro perfeitamente desse momento, sem esquecer de nenhum detalhe. O clima esquentou, o como sempre tivemos a nossa noite de amor linda, mágica! Eu adormeci, e quando acordei você não estava lá. Eu procurei por algum bilhete, algum “eu já volto, meu amor” Não, não havia nada. Eu me preocupei, liguei várias vezes para você, e porque não me atendeu? Você esqueceu da tarde de sábado linda que tivemos juntos? E da madrugada de domingo? Das palavras lindas que me dissera? Você esqueceu? Como pode jogar fora todo aquele encanto que você tanto dizia ter? Eu juro que te esperei. Toda manhã de domingo acordávamos juntos, porque aquela tinha que ser diferente? O que eu tinha feito de errado? Não, eu não queria que você fosse. Sua falta doeu, sabia? Parecia que uma parte minha havia sigo retirada. Eu cheguei a pensar que tivesse acontecido algo com você, mas porque você não atendeu as minhas ligações? Lembra que depois de uma semana você me viu rua? Lembra que eu boba abri um sorriso gigante para você? Eu esperava outro em troca, sabia? Você mudou de calçada, aquilo foi o fim para mim!

            Cansaram de me avisar, eu boba acreditei em você, confiei nas suas lindas palavras, deixei-me levar. Eu ainda não consigo entender o porque, não há motivos, porque ficou tanto tempo comigo e decidiu ir embora assim do nada? E não há uma explicação, não é? Você também não sabe, ou sabe? Você apenas foi embora, como sempre, como todos os outros. Porque não quis ser "o diferente"? Eu te dei oportunidade para isso, não é mesmo? O que custava deixar um bilhete? Pelo menos para eu ter certeza que esteve alí, não precisava ir assim, não precisava levar um pedaço de mim junto com você, não... Não havia necessidade para isso, mas você levou, não é mesmo? Você levou e me deixou pela metade, apenas com uma pergunta: “Porque?”

- Thaís Monteiro. (@_thaismonteiro)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Vire a página.

Eu não sei se você se recorda do seu primeiro caderno. Eu me recordo do meu. Com ele eu aprendi muita coisa. Foi nele que eu descobri que a experiência dos erros ela é tão importante quanto a experiência dos acertos. Porque visto de um jeito certo, os erros, eles nos preparam para nossas vitórias e conquistas futuras, porque não há aprendizado na vida que não passe pela experiência dos erros. Caderno é uma metáfora da vida. Quando os erros cometidos eram demais, eu me recordo que a nossa professora nos sugeria que a gente virasse a página, era um jeito interessante de descobrir a graça que há nos recomeços, ao virar a página os erros cometidos deixavam de nos incomodar e a partir deles a gente seguia um pouco mais crescido".
O caderno nos ensina que erros não precisam ser fontes de castigos. Erros podem ser fontes de virtudes. Na vida é a mesma coisa, o erro tem que estar a serviço do aprendizado, ele não tem que ser fonte de culpas, de vergonhas, nenhum ser humano pode ser verdadeiramente grande, sem que seja capaz de reconhecer os erros que cometeu na vida. Uma coisa é a gente se arrepender do que fez, outra coisa é a gente se sentir culpado. Culpas nos paralisam, arrependimentos não, eles nos lançam pra frente e nos ajudam a corrigir os erros cometidos.
Deus é semelhante ao caderno, ele nos permite os erros para que a gente aprenda a fazer do jeito certo. Você tem errado muito? Não importa, aceite de Deus esta nova página de vida, que tem o nome de "hoje", recorde-se das lições do seu primeiro caderno. Quando os erros são demais, vire a página. Padre Fábio de Melo.


Simplesmente, eu amo esse texto. É muito perfeito. Muito real. E é ótimo para todos refletirem!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Nova ideia...

Minha classe, 7ª série A, acabamos de estudar contos fantásticos. Foi uma matéria muito boa para mim, pois eu adoro escrever e ler contos fantásticos. Então, como eu e a Rafaella vimos que o blog estava muito parado, começamos a escrever uma nova história para postar aqui, uma história cheia de coisas fantásticas, românticas, suspense e muitos capítulos! Se a professora Simone deixar, iremos postar aqui. Irei deixar abaixo a sinopse:

O Livro

              Amy uma garota muito aventureira de 14 anos que adora ler, os livros lhe confortavam, passava por muitos problemas na sua vida, os pais brigavam todo dia.  Filha única, não tinha para quem dividir isso, a não ser seu amigo Andy, um garoto que adora voleibol, era o melhor nesse esporte, Amy apoiava, já Henrique, irmão de Andy, não.
              Um dia qualquer Andy liga todo feliz dizendo que sua tia iria deixar os dois irem a biblioteca dela, e é ai que começa tudo. 

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Revivendo um sonho

Me peguei imaginando o céu sem as suas estrelas, os peixes sem as águas, os vivos sem os mortos, as pessoas sem seus clichés, sem suas fantasias.
Me via insensato, com riscas sujas na mente, com poucas palavras macias.
De certo eu havia me transformado em um adorador de palcos. Me preenchia com forças inexistentes e acreditava que só tua alma seria minha compreensão.
Vivíamos um amor platónico, casto, onde á cada dia um provava ao outro que era possível sim, ser feliz de verdade.
Você escutava o mais profundo dos meus silêncios, participava das minhas mais chatas ideias, me ensinava o prazer da vida. Todas as manhãs era você quem me fazia sorrir com palhaçadas nativas, era sempre você quem me dizia palavras simples que me faziam refletir. Nas tardes de domingo brincávamos de ser criança e como em um toque de pura magia, voltávamos a inocência.
Você me deixava sentir sua falta pra que quando nos víssemos, pudéssemos nos amar mais do que o normal.
Você não deixava minha visão se turvar, e perseguia minha esperança quando eu pensava em desistir da vitória que eu sempre tinha, depois das dores.
Você se fazia forte pra sustentar minhas fraquezas, se derramava para dizer que precisava de mim.
Tuas frases mal ditas, seus passos em falso não me deixavam frustrado. Era necessário errar, pra poder aprender.
Me encontrei revivendo momentos que definem hoje minha personalidade, e que foram fundamentais pro meu crescimento. E na realidade ainda não cresci.
Sou uma criança confiante, que se lança nos braços de uma multidão acreditando que serão fortes o suficiente para me sustentar. Aquela criança que reconhece o peito da mãe e por isso chora ao lhe darem a mamadeira. Aquela criança que cai, levanta, e de pouco em pouco vai caminhando de encontro a pessoa que a chama de bebê.
As vezes me inibo a expor minhas chagas, para não envolver os que tentam me trazer incontáveis grandezas.
Sou este homem hoje. Que joga acontecimentos ao vento, por não poder supotar suas consequencias. Virei um cara pobre, depravado.
Mas um grande amor não se acaba desta forma, com constantes saudades.
Peço que volte e me faça gente novamente, que procure me olhar, mesmo que eu não possa lhe ver, lhe tocar ..
Peço que coloque suas mãos nas minhas e as esquente com seu inconfundível calor.
Peço pra que me deixe sem amor, pra que todos os meus sentimentos sejam por suas fotos e por suas lembranças ...
E quando eu me calar de vez, vamos reviver o nosso antigo sonho, o qual faleceu contigo a alguns anos, enterrado a alguns palmos do chão, com ramos de flores, seus principais apegos, e algumas vidas que lhes foram entregues. Ai sim, eu reviverei uma felicidade que a algum tempo, vem sendo morta.

Alisson Campos.    - @alison_campos

segunda-feira, 12 de setembro de 2011


É loucura odiar todas as rosas porque uma te espetou. Entregar todos os teus sonhos porque um deles não se realizou, perder a fé em todas as orações porque em uma não foi atendido, desistir de todos os esforços porque um deles fracassou. É loucura condenar todas as amizades porque uma te traiu, descrer de todo amor porque um deles te foi infiel. É loucura jogar fora todas as chances de ser feliz porque uma tentativa não deu certo. Espero que na tua caminhada não cometas estas loucuras. Lembrando que sempre há uma outra chance, uma outra amizade, um outro amor, uma nova força. Para todo fim, um recomeço.
                                                                                                 - O Pequeno Príncipe 

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Eu te amo. Mesmo negando. Mesmo deixando você ir. Mesmo não te pedindo pra ficar. Mesmo não olhando mais nos teus olhos. Mesmo não ouvindo a tua voz. Mesmo não fazendo mais parte dos teus dias. Mesmo estando longe, eu te amo. E amo mesmo. Mesmo não sabendo amar.

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

“Eu acredito em experiências. Acredito em erros e acertos. E acredito que o erro seja o pai dos acertos. Acredito nas lições, e no que de bom podemos tirar de cada uma delas. É como escrever um livro, você vai juntando as palavras e quando vê está tudo completo. Acredito que seja assim na vida também. Você tem que juntar as pessoas, os sentimentos, as verdades e até as mentiras, e colocar tudo no papel, completar aquilo que falta, tirar aquilo que sobra e ser feliz com aquilo que restar. Não adianta deixar as pessoas nos cargos errados, você tem que ver o que cada uma faz de melhor por você, e o que cada sentimento determina pra cada uma. É complicado, pode ser rápido, pode levar muito tempo, como pode também nunca acontecer. Depende de como você encara a vida. Erre, mas não deixe de acertar. Pense, mas não deixe de arriscar. O inesperado é sempre mais inacreditável e belo. Rabisque, mas não deixe de consertar. Apague, mas não deixe de escrever. Viva, mas não esqueça de sorrir!”
- Isadora Markus.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Penso, com mágoa, que o relacionamento da gente sempre foi um tanto unilateral, sei lá, não quero ser injusto nem nada – apenas me ferem muito esses teus silêncios.
O tempo que temos, se estamos atentos, será sempre exato.
            Extremos da Paixão
            Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos.
            Ah, fumarás demais, beberás em excesso, aborrecerás todos os amigos com tuas histórias desesperadas, noites e noites a fio permanecerás insone, a fantasia desenfreada e o sexo em brasa, dormirás dias adentro, noites afora, faltarás ao trabalho, escreverás cartas que não serão nunca enviadas, consultarás búzios, números, cartas e astros, pensarás em fugas e suicídios em cada minuto de cada novo dia, chorarás desamparado atravessando madrugadas em tua cama vazia, não consegurás sorrir nem caminhar alheio pelas ruas sem descobrires em algum jeito alheio o jeito exato dele, em algum cheiro estranho o cheiro preciso dele. (…)
           Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodca, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive.
            Mas não se preocupe, não vou tomar nenhuma medida drástica, a não ser continuar, tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma? Ah, passa devagar a tua mão na minha cabeça, toca meu coração com teus dedos frios, eu tive tanto amor um dia, ela pára e pede, preciso tanto tanto tanto, cara, eles não me permitiram ser a coisa boa que eu era.
            Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
            Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa ou não diga nada, mas chegue mais perto. Não seja idiota, não deixe isso se perder, virar poeira, virar nada.
            E amar muito, quando é permitido, deveria modificar uma vida – reconheceu, compenetrado. Como uma ideologia, como uma geografia: palmilhar cada vez mais fundo todos os milímetros de outro corpo, e no território conquistado hastear uma bandeira.
            Não vou perguntar porque você voltou, acho que nem mesmo você sabe… Eu também não queria perguntar, pensei que só no silêncio fosse possível construir uma compreensão, mas não é, sei que não é, você também sabe, pelo menos por enquanto, talvez não se tenha ainda atingido o ponto em que um silêncio basta? É preciso encher o vazio de palavras, ainda que seja tudo incompreensão? Só vou perguntar porque você se foi, se sabia que haveria uma distância, e que na distância a gente perde ou esquece tudo aquilo que construiu junto. E esquece sabendo que está esquecendo…
            De todos aqueles dias seguintes, só guardei três gostos na boca – de vodca, de lágrima e de café. O de vodca, sem água nem limão ou suco de laranja, vodca pura, transparente, meio viscosa, durante as noites em que chegava em casa e, sem Ana, sentava no sofá para beber no último copo de cristal que sobrara de uma briga. O gosto de lágrimas chegava nas madrugadas, quando conseguia me arrastar da sala para o quarto e me jogava na cama grande, sem Ana, cujos lençóis não troquei durante muito tempo porque ainda guardavam o cheiro dela, e então me batia e gemia arranhando as paredes com as unhas, abraçava os travesseiros como se fossem o corpo dela, e chorava e chorava e chorava até dormir sonos de pedra sem sonhos.
            Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou “o que foi?” – perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro (a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua vivo (a), há então uma morte anormal
            Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis.
            Meu coração tá ferido de amar errado.
            Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos.
            É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.
            Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.
            Ah, então foi pra ele que eu dei meu coração e tanto sofri? Amor é falta de QI, tenho cada vez mais certeza.
            Caio Fernando Abreu.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Solução? A morte.

Deitada e sonolenta, como toda noite... Estava ali, pensando sobre o que havia acontecido. Não deixava de pensar um segundo sequer nas coisas em que acreditara. Não deixava de pensar como se decepcionou com seu primeiro e único amor. O que mais esperava era esquecer de vez, dormir ali, naquela noite e acordar pensando apenas em ser feliz. Já pensou em se matar, não teve coragem... Mas o que ela queria mesmo era tirar os problemas e os pensamentos, não a vida. Não pensar mais, não pensar... Ou pelo menos tentar não pensar. 
            O que vira era demais para a sua cabeça de treze anos, era demais para sua pouca experiência de vida. Por que ele me prometeu tanto amor, sendo que não sabia se iria cumprir? Ele realmente não se importava com quaisquer que sejam os sentimentos que finalmente haviam se aflorado. Ela que nunca conhecera o amor, nunca entendera o que seria isso, que nunca acreditara. Justo ela, que não sabia se realmente existia. Por que logo no primeiro veio toda essa decepção? É para não acreditar que existe esse tal de amor mesmo. Estava sofrendo muito com aquela partida, mas sabia que tudo aquilo não iria adiantar. Em meio a todos aqueles pensamentos, lágrimas começaram a surgir... Não aguentava ficar muito tempo pensando sem chorar. Toda manhã, sempre ao acordar, esperava ansiosamente a noite para poder dormir, porque era só o que conseguia. Não comia, não saía, não conversava, não bebia sequer um copo de água, não queria os amigos por perto, não estudava como antes, a vida havia acabado ali.
            Todos diziam para esquecer, mas nada que ouvia funcionava. Talvez se ele conhecesse metade do que eu realmente era, ele teria se importado comigo. Iria fazer o máximo de esforço para ele ter orgulho de dizer com quem está, mostrar para todos os seus amigos, para toda a família. Todos gostavam do meu jeito, da minha personalidade... Ele demonstrava, mas não sentia. Ele disse, mas não era verdade. Como havia visto em um de seus livros: “Sinta primeiro, diga depois”. Por que acreditara tão facilmente naquelas palavras? Por mais lindas que elas tenham sido, por mais inteligentes que sejam e por mais que mostre sentimento que não havia, eram apenas palavras! Sempre foi.
Ele estava feliz, curtia a vida, saía com os amigos, dava risada, beijava qualquer pessoa, sem pensar um momento nela... E ela ali, completamente moída.
            “Eu te dei o meu amor e de nada lhe serviu. Porque prometeu tanto se não sabia se iria cumprir? Por que é que você gosta de me magoar? Por que mandava mensagens para mim no meio da noite dizendo apenas ‘estou pensando em você’? Você pretendia pelo menos um namoro comigo? Queria me fazer sofrer, é isso? Tudo bem, só acho que não devia ter feito todo esse teatro. Não vou ficar aqui escrevendo tudo sendo que você nem vai ligar. Se quiser responder, tarde demais. Eu vou embora, e nunca mais vou voltar. Nunca!”
Logo depois de ter entregue a carta para um dos melhores amigos dele, seguiu para sua casa, onde ficaria a tarde toda sozinha. Chegou e não havia ninguém ali. Ótimo, seu plano daria certo. Foi até o quarto e pegou duas cordas firmes. “Eu não aguento mais, desculpa mãe. Eu te amo. Além da vida! Manuela.” Desceu as escadas e saiu correndo com as cordas na mão a caminho da praia. Foi nadando, se deixando levar pelas ondas. Quando viu que não dava mais pé, amarrou pés e mãos. Se deixou levar nas profundezas daquele mar. A partir daí, não amou mais ninguém.
Isabella Al. Prado (@isaalprado)

sábado, 13 de agosto de 2011

Dor exaustiva

Agi de modo no qual meu caráter confiara desde o principio ser o mais justo e o qual resultaria no melhor para mim. Eu busco o melhor e tento acertar, e sei que posso alcançar.
Logo em seguida, ajustou o cabelo bagunçado, deu uma rápida arrumadinha na blusa que havia amassado, colocou um sorriso no rosto, desviando as perguntas do porque aquela expressão de quem estava mal, e pronto, estava pronto para enfrentar as suas imperfeições, e aquele dia frio e de chuva intensa.
Saio pelas ruas, em busca de crescimento interior, pensando na sua vida medíocre.
Por trás daquelas gotas fortes da chuva, estavam escondidas as lágrimas que acumulavam cada parte do seu coração e que insistiam em encontrar seus pés.
Sou avulso diante ao mundo. Sou um menino que nasceu e hoje chora tentando traduzir os seus falsos sorrisos e expressões que herdou de sua história. Tudo o que tenho, é minha maldade, e meus simples arranjos, que costumo chamar de colegas. Se hoje choro, é por essa noite escura e fraca que agora reina sobre meu pilhar de palhaçadas que carrego em meus ombros.
Imperfeito sim. Sei que sou, e não nego.
Eu queria um lugar de abrigo, uma consciência leve, uma língua angelical, um abraço, um sorriso, uma solitária noite enquanto todos dormissem acordados.
Enquanto sua blusa se encharcava de desabafos, o garoto andava perante os raios e trovões, se abraçando para esquentar seu corpo. Mais a frente, ele encontra uma praça antiga, com árvores sem folhas, e com um banco sem reboque. Sentou-se, engolindo a seco a inconfiança que nele existia. Tirou um cigarro e um isqueiro do bolso, e o acendeu para matar a sede de felicidade que lhe matava afogado. Entregou todos os sonhos organizados a uma culpa imortal, sem dó nem piedade.
Me libertei hoje de meus conflitos e dos meus problemas, das metralhadas na hora do almoço, me livrei do: Hoje você só sai de casa, por cima do meu cadáver.
E realmente, por cima dos cadáveres foi que passei. Bati em meus pais, e sai de casa. Me embriaguei, e fumei todo tipo de droga. Deixei a vida de lado, e a essência da minha conduta.
Meus pais me perturbavam e não se contia, que eu cresci, e que não sou mais aquele menino que quer tudo o que vê, e fala tudo o que ouve. E na verdade, ele não era mesmo. Por mais que me agradassem com beijos e histórinhas na hora de dormir, me davam tapas na cara com palavras ofensivas, é difícil apaga-las, são palavras cravadas em meu ego. Se estou nesta praça agora, exposto ao mundo, é porque busco fugir das loucuras de meus pais. Eles devem estar na minha ex-casa nesse momento, arrumando os móveis e enfeites quebrados enquanto me espancavam, por eu ter errado, e abusado da liberdade.
Por eu me amar, busquei o prazer e entreguei tudo o que havia em mim, para o álcool e as drogas. E hoje paguei por isso, paguei enquanto minha mãe e meu pai me desprezavam com palavras. Palavras que o machucavam inconformadamente.
Reconheço que abusei da boa vontade deles, mas isso não os da o direito de prender minha vida, ao controle autoritário que queriam ter sobre mim.
Pode até não parecer, mas este mal que há em mim, machuca meu coração.
Essa praça agora, açucarou meu doce e me faz esquecer, o que necessito lembrar.
Sei que preciso dos meus pais, só não sei se precisam de mim. Afinal se precisassem, me dariam o sorriso claro, e o abraço apertado que busquei no mundo.
Mas já que estou aqui nesta chuva, agora, vou me preocupar comigo, em me fazer feliz,
vou desprezar tudo o que me faz mal, e exaltarei tudo o que me faz crescer. E também, já que estou aqui nesta loucura, vou virar um louco, pra poder matar as pessoas com o amor, e esconder minhas fraquezas em uma roupa branca, onde a sujeira só chega, se ele se lançar em uma lama, ou em um lago sujo, com águas claras.
Alisson Campos -  @alison_campos

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Não é assim que eu quero. Perceba, eu quero muito, mas não assim, sabe? Não do jeito como se as coisas estivessem sendo empurradas... Não. Não assim, não como se eu fosse um peso. Não como se você tivesse pena. Eu quero que você apenas olhe para mim e diga que tudo vai ficar bem. Mas não assim. Não da boca pra fora. Não como um texto decorado e encenado. Assim não quero. As minhas próprias mentiras já me preenchem. Não há espaço em mim para as suas.
Paula F. (@dearcliche)

Pessoal! :) Eu simplesmente amo o que essa garota escreve. De verdade mesmo. São palavras que me deixam encantada... O jeito que ela junta cada uma delas é fascinante. Quem tiver twitter, no fim do texto tem o twitter dela aí. Espero que tenham gostado.
Inexplicável. Por muito tempo me perguntei se tudo não passava de uma mentira. Você me olhava nos olhos e me dizia coisas sem desviar o olhar, e isso me fez acreditar em cada palavra. Cada palavra que escorregava dos seus lábios e alcançava meus ouvidos. Eu não compreendo o verdadeiro poder da raiva, mas não acredito que ela possa desestruturar toda uma obra-prima. O ódio sim, porque ele é o extremo da raiva. Mas algo momentâneo não poderia ser tão devastador. Era como se aquelas palavras tivessem sido gravadas em minha pele com objetos pontiagudos, como se elas me fizessem sangrar e gritar, me paralisassem e sugassem toda minha vontade de reagir. Elas pararam de sangrar – O sangue parou de escorrer, mas a cicatriz deixada torna a verdade nítida. – Por que você fez isso? Você fazia promessas que agora não passam de palavras vazias – Eu engoli cada promessa e nunca ousei duvidar. Acreditar cegamente em alguém tem um custo muito alto. – E então eu toquei o chão, eu caí e decaí por você. Eu arrisquei e perdi. Eu não esperava realmente que fossemos muito longe, mas não esperava que o fim estivesse no começo. Mas de fato, nunca parei a minha vida para esperar por você. Os ponteiros nunca pararam de seguir seu curso, e nem eu parei o meu.
Paula F. (@dearcliche).

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam. 


Caio Fernando Abreu


Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do meu coração. Provavelmente competiam.
Caio Fernando Abreu

Eu quero crescer!

Eu quero crescer. Juro, quero mesmo. Quero aprender línguas que não sei. Quero conhecer novas culturas, povos, lugares. Quero me desapegar do velho. Quero não me fechar para as mudanças e para o novo. Quero dar amor, afinal, é ele a grande essência da vida. Quero não acumular rancores nem alimentar mágoas. Quero aprender a me pedir desculpa. Quero abandonar algumas saudades. Quero aprender a conviver com o que não posso modificar. Quero me mover mais e mais e mudar o que está ao meu alcance. Quero pouco e quero muito. Quero nada e quero tudo. Quero esquecer o que precisa ser esquecido. Quero nunca deixar de sorrir. Quero aprender a descascar laranja. Quero perder o medo de trovão. Quero ir. E vir. Mas nunca, nunca mesmo, deixar de sentir.


Clarissa Côrrea

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Instabilidade.

De longe eu podia avistar a garota. Sentada no banco do parque, ela carregava uma carga de imensa tristeza sobre os ombros, uma tristeza que talvez eu fosse a única capaz de enxergar. Não sei ao certo o porquê, mas ela soltava um leve sorriso quando via as crianças brincando. Um sorriso tímido, forçando simpatia.

Os dedos das mãos entrelaçados por cima do joelhos, o casaco florido, a saia lisa. A alma vazia. Sozinha. Talvez estivesse ali na tentaviva de espairecer, livrar-se de suas emoções negativas. Respirar. E não conseguia. Era visível o seu fracasso na hora de lidar consigo mesma. Suas emoções eram completamente indecifráveis para ela. Ela se perdia no mar de interrogações que sua mente tornara-se com o tempo. Eu percebia facilmente tudo isso.

Não queria parecer cansada como o seu coração, que apesar de novo, vivia de súplicas, desejos. Querer. Não mais que bem querer. Vivia eletrizantemente numa situação pecaminosa. A luz do sol não permitia que abrisse direito os olhos, deixando assim a cor azul céu deles guardada debaixo da sombra de suas pálpebras. Perfeitamente normal por fora, destruída por dentro.

E assim permanecia. Não havia nada que podia fazer. Talvez continuasse assim até o dia do seu último suspiro. Mas não queria pensar no futuro. Pensava somente no hoje, em como estava cansada de tudo. Em como queria voltar a viver.

Talvez eu até entenda porque conseguia compreende-la tão facilmente. Afinal, eu falava da garota ou de mim?

- Karla Reis.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Eterna dádiva

De fato, é admirável aquela cena de uma novela qualquer, ou filme, que anos se passam em apenas um capítulo.
Mas isto talvez não seja tão ficção. De certo modo, faz parte das nossas vidas.
Os anos se passam, e se não caminharmos em sua velocidade ele pode nos atropelar e nos deixar para trás, deixando também nossos momentos, nossa história, nossa verdadeira realidade. A cada passo, há uma trilha a seguir, uma escolha para fazer.
Sonhar. Uma dádiva divina que se passa totalmente despercebida. Um elemento quase fictício, por deixarmos diariamente ele ir embora depois de ter tocado inúmeras vezes a campainha de nossa casa em vão.
Me atrevo a perguntar: qual é o seu maior sonho hoje? E o que você faz para alcançá-lo? Reflita.
Tema em não alcançar os seus objetivos. É claro que se não conseguir, não será um fracassado, mas de uma forma ou de outra, será um perdedor.
Perceba a cada nova conquista que fizer, a sua autoestima, ela já não será mais a mesma.
Obviamente, cada um tem um sonho. E muitos, ou melhor, a grande maioria dos indivíduos têm uma errônea ideia e se julga incapaz de sonhar. Não seja um deles, não perca seu tempo deixando em alta suas fraquezas, mas ganhe tempo buscando uma solução para resolvê-las.
Apesar de estarmos no século XXI, vários ainda teimam em ser um vegetal.
Devemos ter sede de sonhar, como estamos com sede de um copo d'água quando nos encontramos em um deserto. Não deixe seus sonhos se perderem em meio as tribulações, vá mais longe. Acredite em si, só não desacredite que ainda há tempo.
Sele em sua vida os teus sonhos. E se for preciso, os prenda com uma algema, ou com uma corda. Só não deixe que eles escapem.

Alisson Campos  - @alison_campos

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Recomeçar

RECOMEÇAR
Paulo Roberto Gaefke
(não é de Carlos Drummond de Andrade)

Não importa onde você parou...
em que momento da vida você cansou...
o que importa é que sempre é possível e necessário
"Recomeçar".


Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo...
é renovar as esperanças na vida e o mais importante...
acreditar em você de novo.
Sofreu muito nesse período?
foi aprendizado...


Chorou muito?
foi limpeza da alma...


Ficou com raiva das pessoas?
foi para perdoá-las um dia...


Sentiu-se só por diversas vezes?
É por que fechaste a porta até para os anjos...


Acreditou que tudo estava perdido?
Era o início da tua melhora...


Pois é...agora é hora de reiniciar...de pensar na luz...
de encontrar prazer nas coisas simples de novo.


Que tal um novo emprego? Uma nova profissão?
Um corte de cabelo arrojado... diferente?
Um novo curso... ou aquele velho desejo de aprender a
pintar... desenhar... dominar o computador...
ou qualquer outra coisa...


Olha quanto desafio...
quanta coisa nova nesse mundão de meu Deus te esperando.


Tá se sentindo sozinho? besteira...
tem tanta gente que você afastou com
o seu "período de isolamento"...
tem tanta gente esperando apenas um sorriso teu
para "chegar" perto de você.


Quando nos trancamos na tristeza...
nem nós mesmos nos suportamos...
ficamos horríveis... o mal humor vai comendo nosso fígado...
até a boca fica amarga.


Recomeçar...
hoje é um bom dia para começar novos desafios.


Onde você quer chegar?
Vá alto... sonhe alto... queira o melhor do melhor...
queira coisas boas para a vida...
pensando assim trazemos prá nós aquilo que desejamos...

Se pensamos pequeno... coisas pequenas teremos...
já se desejarmos fortemente o melhor e
principalmente lutarmos pelo melhor...
o melhor vai se instalar na nossa vida.
E é hoje o dia da faxina mental...
jogar fora tudo que te prende ao passado...
ao mundinho de coisas tristes...
fotos... peças de roupa, papel de bala...
ingressos de cinema... bilhetes de viagens...
e toda aquela tranqueira que guardamos
quando nos julgamos apaixonados...

jogue tudo fora... mas principalmente...
esvazie seu coração... fique pronto para a vida...
para um novo amor...

Lembre-se somos apaixonáveis...
somos sempre capazes de amar muitas
e muitas vezes... afinal de contas...
Nós somos o "Amor"...

Se gostaram comentem!!!

sábado, 16 de julho de 2011

Querida Angústia.

Eu ficaria bem melhor debaixo do calor das cobertas, mas a Angústia vinha todas os dias me perturbar. Ela conhecia todas as minhas mudanças de humor mesmo desconhecendo todos os porquês que as causavam. E foi assim que eu me acostumei a não ser mais só. Nos momentos vagos de sua presença, o auge da minha inquietação se elevava mais do que o normal. Acabei me acostumando a ouvir todas as repetitivas palavras que a Angústia me falava. Foi como uma droga. Eu me apeguei, me viciei. Tornei-me dependente de todos os podres que ela lembrava sobre mim.

— Lembra de todas aquelas palavras que permaneceram dentro de você por anos? Que tolo você foi... Perdeu todas as oportunidades de jogá-las fora. E aqueles sorrisos guardados? Sabia que muita gente já precisou de alguns deles? Você podia ter sido muito mais feliz se tivesse mostrado ao mundo quem você realmente é. Mas não, preferiu ficar aí se escondendo. E agora tornou-se um nada. Deixou as maiores dádivas da vida passarem como uma folha carregada pelo vento. Não foi capaz nem de agarrá-las.

Ela realmente sabia me fazer refletir. Eu havia chegado no meu limite. Joguei a minha vida pela janela e nunca mais consegui recuperar toda a felicidade que eu podia ter recebido. Eu tive tempo pra tudo e coisas banais fizeram com que eu permanecesse no nada. Parei de acreditar em mim a partir do momento em que alguém me criticou. Fui fraco e a vida forte demais. E a Angústica foi o que restou. Dopado por cafeína, ficava esperando ela vir me visitar. Abria as portas, se acomodava e não tinha hora para ir embora. Ficava ali, lembrando-me das coisas que eu poderia ter feito e de quem eu podia ter me tornado.

— Você sempre foi único nesse palco da existência. No seu espetáculo, o protagonista era você. Pena não conseguir aproveitar isso e ter deixado que a cortina se fechasse, sem plateia, sem aplausos.

A Angústia realmente me conhecia, e após dizer tudo o que queria, ela ia embora. Provavelmente perturbar outro tolo que deixou a vida de lado para se entupir de cafeína. E eu ficava ali, jogado no sofá, absorvendo todas aquelas palavras mais uma vez. Palavras que como uma dose de café, desciam queimando-me por dentro e presentavam-me com mais algumas noites de insônia.

Eu poderia ter sido melhor se não tivesse deixado de acreditar em mim e nos meus sonhos. Assim, eu não precisaria da Angústia para me trazer um pacote de nostalgia e lembrar-me todo dia de como fui tolo ao "não ligar mais para nada".

- Karla reis. (blanketofwords.blogspot.com)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma senhora sábia

Estava escrito no papel:
"Prazer, meu nome é Maria, tenho 65 anos. Tenho 4 filhos e criei todos com muito amor e carinho. Meu marido faleceu há alguns anos e a partir disso venho seguindo minha vida e, mesmo estando difícil, estou seguindo. Já tive a honra de ter 7 netos, todos muito bonitos por ventura.
Tenho inúmeros problemas de saúde, diabetes, problemas na perna e com minha pressão. Há algum tempo, todas essas doenças vieram se agravando e me deixando cada vez mais adoecida.
Durante toda minha vida, fiquei dividida entre a dificuldade e a felicidade. Passei por muitas situações financeiras nada agradáveis, por ter me mudado bem longe da casa de meus pais, para construir minha própria família.
Escrevo no verso desta folha para relembrar entes queridos um pouco de minha história, e dizer que contribuíram muito na minha batalha com a vida. Aproveito para dizer a todos vocês também, tamanha gratidão que há em meu peito por cada neto, filho, primo, tio, amigo e conhecido.
Que ao pegarem esta folha, sintam um pouco de meu amor e um pouco de minha presença.
Peço a você também, que está lendo isto, que não chore, pelo contrário, alegre-se, um caminhão cheio de surpresas espera por você lá fora. Se sentir saudade, pegue o frasco do meu perfume predileto e inale um pouco do que restou de mim. Se quiser chorar, vá até onde eu estarei morando e procure por Maria Guedes da Silva, depois, sente-se ao meu lado e chore, pois mandarei o vento secar suas lágrimas como forma de lhe consolar. E quanto a roupa que usarei diante de todos, não se preocupe, elas já não pertencem mais a mim.
Vou terminando aqui. Ah, já ia me esquecendo, desculpa se causei dor, ou magoei algum coração, peço-vos que me perdoe pois não era minha intenção. Bom, agora vou, estou fraca e cansada, mas por favor não se esqueçam filhos, me amem, pois preciso ser amada para continuar viva em suas lembranças."
- Achei isto escrito no verso da folha da ficha médica de sua mãe! - Diz o médio a um dos filhos de Maria. O rapaz depois de ler, deixa uma lágrima cair e diz:
- Mas ela não disse o que eu deveria fazer se quisesse sentir seu abraço ...
O rapaz entra em desespero, e vai até o quarto do hospital em que sua mãe se encontra. Ao chegar lá, ele coloca a ficha médica no peito de sua mãe, e chora inconformadamente, ao receber a notícia do seu falecimento. Após isto, ele encontra um outro papelzinho na mão de sua falecida mãe, que dizia:
"Desculpe, mas aquela folha não foi suficiente...E por último, se quiser me abraçar, traga em sua memória os sorrisos que já lhe proporcionei, e da mesma forma, sorria, que eu estarei pegando em suas mãos e lhe abraçando. Através deste abraço, vou estar transmitindo a você toda força e positividade que acumulo em mim há anos, por você nunca ter meu abraço. Mas meu amor por você é realmente infinito, é amor de mãe.. o mais sábio, o mais sincero e ao mesmo tempo, o mais doloroso! Um beijo com amor, de sua eterna mãe."

Alisson Campos.

Lembra de mim?

Lembra de mim? Eu costumava ser o seu melhor amigo. Era eu quem lhe emprestava lenços nos momentos em que você se perdia no mar de lágrimas quando estava triste. Eu era quem costumava ligar-te no fim da tarde e dividir cada segundo do meu dia contigo. Era eu que a levava para biblioteca e ficava lendo para você os contos surreais dos quais eram perfeitamente reais quando estava contigo.
Era eu a pessoa que a abraçava quando você tentava esconder o seu pranto através das mãos dominando o rosto delicadamente angelical. E sabe todos aqueles bilhetes que você encontrava no meio de uma folha qualquer no seu caderno de matemática? Eu que costumava escrever para você. Sempre percebi o seu desânimo nas aulas. Do mesmo modo que sempre quis te reerguer após um tombo. Era eu quem costumava estender a mão para você e te puxar pra cima. Eu costumava deixar tudo pra depois e ir te ver, passar horas conversando contigo e rir. Esquecer. Conhecer. Viver.
Eu costumava ser feliz ao seu lado.

- Karla Reis. @karlarreis

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Vida

Há momentos na vida em que sentimos tanto a falta de alguém que o que o que mais queremos é tirar esta pessoa de nossos sonhos e abraçá-la. Sonhe com aquilo que você quiser. Vá para onde você queira ir. Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só temos uma chance de fazer aquilo que queremos. Tenha felicidade bastante para fazê-la doce. Dificuldades para fazê-la forte. Tristeza para fazê-la humana. E esperança suficiente para fazê-la feliz. As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas. Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos. A felicidade aparece para aqueles que choram. Para aqueles que se machucam. Para aqueles que buscam e tentam sempre. E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas. O futuro mais brilhante é baseado num passado intensamente vivido. Você só terá sucesso na vida quando perdoar os erros e as decepções do passado. A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar, duram um a eternidade. A vida não é de se brincar porque em pleno dia se morre. (Clarice Lispector)

Achei esse texto da Clarice Lispector tão lindo. Espero que vocês gostem, assim como eu gostei. :)

sábado, 9 de julho de 2011

O que ficou..

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas… Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Caio Fernando Abreu.


Resolvi postar outro texto do Caio Fernando... Confesso que eu estou completamente apaixonada por ele. Que escritor é esse? A cada palavra que eu leio fico mais encantada! Na minha lista dos que eu mais gosto, ele está em primeiro lugar! Hahaha. É brilhante! (brilhante é pouco, rs).

anna, branches, brown, brown hair, forest, girl - inspiring picture on Favim.com

"A vida ensinou, a dar volta por cima, ver que após a tempestade o sol brilha, que a dor não dura para sempre é só acreditar. Ensinou que lágrimas lavam a alma fortalecendo a vontade de vencer, que um dos maiores dons que uma pessoa pode possuir ou compartilhar é ser capaz de passar pelos espinhos e encontrar a rosa dentro de outras pessoas, que o sofrimento é só uma ventania que arrasta as folhas secas, mas não destrói a beleza das flores, tendo coragem e perseverança, a gente consegue derrubar qualquer obstáculo. Acredite nisso."

Bem, resolvi postar esse textinho pois acredito que nele está escrito coisas que estão presentes na vida de muitos, e além de tudo, é muito bonito.
Oi :)
Nossa, quanto tempo que eu não posto aqui... Mas enfim, a professora Simone falou que nosso blog pode contribuir muito para nosso conhecimento. E, por isso, resolvi postar esse texto aqui. Espero que gostem.


Depois de algum tempo, você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
     (William Shakespeare).

O que faz o medo!

Estamos trabalhando com o genêro crônica, então eu resolvi procurar uma para postar aqui para vocês lerem, espero que gostem tanto quanto eu!



Num país em guerra havia um rei que causava espanto. Sempre que fazia prisioneiros, não os matava: levava-os a uma sala onde havia um grupo de arqueiros de um lado e uma imensa porta de ferro do outro, sobre qual viam-se gravadas figuras de caveiras cobertas de sangue.
Nesta sala ele os fazia enfileirar-se em círculo e dizia-lhes, então:
-Vocês podem escolher entre morrerem flechados por meus arquieiros ou passarem por aquela porta e por mim serem lá trancados.
Todos escolhiam serem mortos pelos arquieiros.
Ao terminar a guerra, um soldado que por muito tempo servira o rei dirigiu-se ao soberano:
- Senhor, posso lhe fazer uma pergunta?
- Diga, soldado.
- O que havia por detrás da assustadora porta?
- Vá e veja você mesmo.
O soldado, então, abre vagarosamente a porta, e à medida que o faz, raios de sol vão adentrando e clareando o ambiente...
E finalmente ele descobre, surpreso, que a porta se abria sobre um caminho que conduzia a liberdade!
- Eu dava a eles a escolha, mas preferiam morrer a arriscar-se a abrir esta porta.


- Autor desconhecido.

Beijos!

A última crônica.

Eu e minha sala estudamos crônicas poéticas, e fomos divididos em grupos para pesquisar sobre alguns autores. Um deles foi Fernando Sabino, um escritor excelente que por incrível que pareça nasceu no dia 12 de outubro de 1993 (Dia das crianças) e morreu um dia antes do seu aniversário em 2004. O grupo que pesquisou sobre o autor leu esta crônica e eu achei muito linda. Espero que gostem também!


“A caminho de casa, entro num botequim da Gávea para tomar um café junto ao balcão. Na realidade estou adiando o momento de escrever. A perspectiva me assusta. Gostaria de estar inspirado, de coroar com êxito mais um ano nesta busca do pitoresco ou do irrisório no cotidiano de cada um. Eu pretendia apenas recolher da vida diária algo de seu disperso conteúdo humano, fruto da convivência, que a faz mais digna de ser vivida. Visava ao circunstancial, ao episódico. Nesta perseguição do acidental, quer num flagrante de esquina, quer nas palavras de uma criança ou num acidente doméstico, torno-me simples espectador e perco a noção do essencial. Sem mais nada para contar, curvo a cabeça e tomo meu café, enquanto o verso do poeta se repete na lembrança: "assim eu quereria o meu último poema". Não sou poeta e estou sem assunto. Lanço então um último olhar fora de mim, onde vivem os assuntos que merecem uma crônica.

Ao fundo do botequim um casal de pretos acaba de sentar-se, numa das últimas mesas de mármore ao longo da parede de espelhos. A compostura da humildade, na contenção de gestos e palavras, deixa-se acrescentar pela presença de uma negrinha de seus três anos, laço na cabeça, toda arrumadinha no vestido pobre, que se instalou também à mesa: mal ousa balançar as perninhas curtas ou correr os olhos grandes de curiosidade ao redor. Três seres esquivos que compõem em torno à mesa a instituição tradicional da família, célula da sociedade. Vejo, porém, que se preparam para algo mais que matar a fome.

Passo a observá-los. O pai, depois de contar o dinheiro que discretamente retirou do bolso, aborda o garçom, inclinando-se para trás na cadeira, e aponta no balcão um pedaço de bolo sob a redoma. A mãe limita-se a ficar olhando imóvel, vagamente ansiosa, como se aguardasse a aprovação do garçom. Este ouve, concentrado, o pedido do homem e depois se afasta para atendê-lo. A mulher suspira, olhando para os lados, a reassegurar-se da naturalidade de sua presença ali. A meu lado o garçom encaminha a ordem do freguês. O homem atrás do balcão apanha a porção do bolo com a mão, larga-o no pratinho - um bolo simples, amarelo-escuro, apenas uma pequena fatia triangular. A negrinha, contida na sua expectativa, olha a garrafa de Coca-Cola e o pratinho que o garçom deixou à sua frente. Por que não começa a comer? Vejo que os três, pai, mãe e filha, obedecem em torno à mesa um discreto ritual. A mãe remexe na bolsa de plástico preto e brilhante, retira qualquer coisa. O pai se mune de uma caixa de fósforos, e espera. A filha aguarda também, atenta como um animalzinho. Ninguém mais os observa além de mim.

São três velinhas brancas, minúsculas, que a mãe espeta caprichosamente na fatia do bolo. E enquanto ela serve a Coca-Cola, o pai risca o fósforo e acende as velas. Como a um gesto ensaiado, a menininha repousa o queixo no mármore e sopra com força, apagando as chamas. Imediatamente põe-se a bater palmas, muito compenetrada, cantando num balbucio, a que os pais se juntam, discretos: "Parabéns pra você, parabéns pra você..." Depois a mãe recolhe as velas, torna a guardá-las na bolsa. A negrinha agarra finalmente o bolo com as duas mãos sôfregas e põe-se a comê-lo. A mulher está olhando para ela com ternura - ajeita-lhe a fitinha no cabelo crespo, limpa o farelo de bolo que lhe cai ao colo. O pai corre os olhos pelo botequim, satisfeito, como a se convencer intimamente do sucesso da celebração. Dá comigo de súbito, a observá-lo, nossos olhos se encontram, ele se perturba, constrangido - vacila, ameaça abaixar a cabeça, mas acaba sustentando o olhar e enfim se abre num sorriso.

Assim eu quereria minha última crônica: que fosse pura como esse sorriso.”

- Fernando Sabino.


"Sabe do que eu realmente gosto? Daqueles momentos em que nós enxergamos magia em coisas que são julgadas como simples. Gosto quando aparecem asas na nossa imaginação sem pedir licença. Gosto de ir além do concreto, do aqui e do agora.
Isso não se trata de fantasiar e deixar de viver, mas sim de viver o surreal com os pés no chão, só para aquecer o coração quando o que está a nossa volta é frio demais."
-Nathália Kielblock.